Compartilhamos uma bela reflexão nascida de uma experiência de amizade, escrita por Ir. Vicentina da Congregação de São Carlos de Lyon, em missão na Cidade de Guajará-Mirim.
ENCONTROS QUE MARCAM MOMENTOS DE VIDA
“Então Jesus entrou para ficar com eles. Sentou-se à mesa...Nisso os olhos dos discípulos se abriram e eles o reconheceram. Jesus, porém, desapareceu de diante deles” .Lc 24, 29ss
Guajará-Mirim, 4 de agosto de 2010
Queridos irmãos e irmãs, Patrícia, Philippe, Baptiste, Anne Lise, Rémy, Bérangère e Clémentine.
Desde o ano passado esperávamos por estes dias. Sabíamos que eram dois professores: Patrícia e...., e cinco alunos. Dois meninos... e três meninas... Irmã Edna nos dissera que era um grupo que tinha o desejo de conhecer as Irmãs de São Carlos do Brasil, que queriam conhecer o chão da nossa missão em Guajará-Mirim, que gostariam de fazer a experiência de abraçar o desafio de conviver com o povo: fala, comida etc. Confesso que a primeira a ser desafiada para organizar este desafio fui eu: romper com a idéia de que seria muito difícil achar famílias vizinhas que acolhessem. Como alojar juntos? Como preparar refeições no nosso fogãozinho. A primeira tentação foi de colocar no Centro de Teinamento da Diocese. Mas um outro grupo de franceses já estava em cena. Conversamos com as Irmãs, e eu disse: ‘vamos tentar, vamos fazer a experiência para ver o que vai dar. Fiz uma lista de nomes de vizinhos. Alguns estariam viajando, outros ficaram de ver e dar resposta (até ontem...), outros não tinham lugar para acolher, um a esposa disse que queria mas o marido não quis porque daria despesa, Mas OUTROS ficaram muito felizes. E aceitaram ser desafiados . Porém, a primeira pergunta inevitável que cada um fazia: Eles falam Prtuguês? Como é que a gente vai fazer? Eu respondia: ’não, não sei, mas vai dar certo!’ Vocês eram apenas ‘um grupo de franceses’
Tudo preparado para o dia 27 de julho. Até o taxi para o retorno a Porto Velho. Mas,um pequeno detalhe a gente não previu: preparar o coração para a partida. Não imaginaria nunca que, com tão pouco tempo, com tantos limites e dificuldades impostos pelo NOVO E DIFERENTE para gerenciar, se adaptar, improvisar, inventar, abrir mão: A caminhonete fundiu o motor; o barco para o passeio rachou o casco; dona Bethe foi para o hospital em Porto Velho; o microônibus da PPI está com os outros franceses; a van não vai em estrada de terra; a Ir Vicentina cai, quase quebra o pé. Tudo no mesmo dia! Nessa hora eu perguntei a Deus: “Senhor, o que o Senhor quer dizer pra nós com tudo isso?” O Senhor escutou, e as luzes começaram a clarear: Dom Geraldo antecipa o dia do almoço; O Centro Despertar coloca ao nosso dispor a caminhonete e o motorista, para dois dias; Padre Genivaldo e padre João abdicaram completamente do único carro e cedeu para nós; O CIMI( Conselho Indigenista Missionário) dispôs da caminhonete e Dom Geraldo Dispôs do Piau para dirigir; as família que tinham carro se dispuseram em levar e trazer os seus.
Os laços se construíram em tão pouco tempo, e, de uma intensidade tal que nasceu a necessidade de inventar um pretexto para proporcionar o ENCONTRO das famílias que acolheram, escancarando as portas de suas casas, de sua despensa e, sobretudo, de seus corações, para que pudéssemos vivenciar, juntos esse momento de alegria, de amizade, de confraternização, de intercâmbio do idioma, enfim, de GRATIDÃO a Deus, antes de tudo, e a nossos irmãos de Marseille, que, em nome da Escola São Carlos- Camas, foram os ‘artesãos e artesãs’ desse cenário de COMUNHÃO, de PARTILHA, de AMIZADE, de PERTENÇA, de FRATERNIDADE, de LAÇOS PROFUNDOS, de IRMANDADE, e .....
Meu Deus, quanto tesouro colocado em comum!!! Só Deus para fazer corações capazes de tanta abertura, de ambos os lados: Dos Irmãos e irmãs de Marseille, que manifestaram de maneira simples e profunda a pertença e solidariedade sem fronteiras, fruto da educação do berço e da Escola São Carlos; De Nossas Irmãs de Marseille, de Lyon, de modo muito particular minha querida Ir Edna, que teceu, com muito carinho, toda a organização prévia; de cada pessoa das famílias envolvidas: Batista e Ritinha com Gabriel e Alice, que acolheram Philippe e Baptiste; Sara e Nilson, com Alexander, Sofia, Eduardo e Stefany, que acolheram Rémyi; Senilda e Juca, com Paola, Pablo e Adriano,que acolheram Bérangére; Conceição e Wlamir, com Felipe e Vinícius, que acolheram Patricia; Reginaldo e Helena, com Gláucia e Renato,que acolheram Clementine; Dona Graça, que acolheu Anne Lise. Dom Geraldo, Dr. Renato e Selma e família Vera e Heberty e família, Dona Francisca e seu Simão, Dona Firmina e seu Juvêncio e família, Rosana,que partilharam as deliciosas refeições par o grupo reunido. Paróquia Nossa Senhora Aparecida, Padre Genivaldo e padre João, Pedro do Centro Despertar Piau e Ir Fátima do CIMI que dispuseram do seu tempo com amor para nos conduzir aos irmãos indígenas da Linha 10; Gabriel e Escola do Cachoeirinha que nos ofereceram a saborosa água de coco. De cada uma de minhas Irmãs de comunidade: Ir Cida. Ir Maria e Ir Fátima, que trabalharam no anonimato conciliando trabalho diário com o momento. Do padre Genivaldo que marcou significativamente com sua presença fraterna na nossa caminhada da Serra, da Floresta e da aldeia Indígena.
Toda esta essa riqueza imensa de partilha lançou raízes profundas rapidinho, criando um sentimento profundo de ‘aperto’ nos corações que ficaram e que partiram. “Quem parte leva saudade de alguém que fica chorando de dor...”
É assim que saíram e é assim que ficamos. Chorando de dor pela partida de nossos AMIGOS E AMIGAS Franceses , e, não mais "um grupo de Frances"
Que Deus, Nosso Pai, criador de todas as graças, nos sustente na amizade construída neste TEMPO DE GRAÇAS vivido juntos esperienciando a AMIZADE SEM FRONTEIRAS.
Louvado sejas, meu Senhor, por cada um e cada uma destes irmãos e irmãs que mergulharam em nossos corações nesta maratona.
OBRIGADA, SENHOR, por colocardes em nossas vidas, Patrícia, Philippe, Baptiste, Anne Lise, Rémy, Bérangère e Clémentine.
Estamos esperando por voçês VALEEEEEU !!!
Que Deus vos acompanhe e abençoe os dias vividos com nossos irmãos e irmãs de Maringá, a viagem de volta para Marseille
Que, como os discípulos de Emaús, também nós vivamos e vós vivais esse "depois"com o coração tocado pela graça do convívio e da partilha com "gosto de ressurreição".
Desde o ano passado esperávamos por estes dias. Sabíamos que eram dois professores: Patrícia e...., e cinco alunos. Dois meninos... e três meninas... Irmã Edna nos dissera que era um grupo que tinha o desejo de conhecer as Irmãs de São Carlos do Brasil, que queriam conhecer o chão da nossa missão em Guajará-Mirim, que gostariam de fazer a experiência de abraçar o desafio de conviver com o povo: fala, comida etc. Confesso que a primeira a ser desafiada para organizar este desafio fui eu: romper com a idéia de que seria muito difícil achar famílias vizinhas que acolhessem. Como alojar juntos? Como preparar refeições no nosso fogãozinho. A primeira tentação foi de colocar no Centro de Teinamento da Diocese. Mas um outro grupo de franceses já estava em cena. Conversamos com as Irmãs, e eu disse: ‘vamos tentar, vamos fazer a experiência para ver o que vai dar. Fiz uma lista de nomes de vizinhos. Alguns estariam viajando, outros ficaram de ver e dar resposta (até ontem...), outros não tinham lugar para acolher, um a esposa disse que queria mas o marido não quis porque daria despesa, Mas OUTROS ficaram muito felizes. E aceitaram ser desafiados . Porém, a primeira pergunta inevitável que cada um fazia: Eles falam Prtuguês? Como é que a gente vai fazer? Eu respondia: ’não, não sei, mas vai dar certo!’ Vocês eram apenas ‘um grupo de franceses’
Tudo preparado para o dia 27 de julho. Até o taxi para o retorno a Porto Velho. Mas,um pequeno detalhe a gente não previu: preparar o coração para a partida. Não imaginaria nunca que, com tão pouco tempo, com tantos limites e dificuldades impostos pelo NOVO E DIFERENTE para gerenciar, se adaptar, improvisar, inventar, abrir mão: A caminhonete fundiu o motor; o barco para o passeio rachou o casco; dona Bethe foi para o hospital em Porto Velho; o microônibus da PPI está com os outros franceses; a van não vai em estrada de terra; a Ir Vicentina cai, quase quebra o pé. Tudo no mesmo dia! Nessa hora eu perguntei a Deus: “Senhor, o que o Senhor quer dizer pra nós com tudo isso?” O Senhor escutou, e as luzes começaram a clarear: Dom Geraldo antecipa o dia do almoço; O Centro Despertar coloca ao nosso dispor a caminhonete e o motorista, para dois dias; Padre Genivaldo e padre João abdicaram completamente do único carro e cedeu para nós; O CIMI( Conselho Indigenista Missionário) dispôs da caminhonete e Dom Geraldo Dispôs do Piau para dirigir; as família que tinham carro se dispuseram em levar e trazer os seus.
Os laços se construíram em tão pouco tempo, e, de uma intensidade tal que nasceu a necessidade de inventar um pretexto para proporcionar o ENCONTRO das famílias que acolheram, escancarando as portas de suas casas, de sua despensa e, sobretudo, de seus corações, para que pudéssemos vivenciar, juntos esse momento de alegria, de amizade, de confraternização, de intercâmbio do idioma, enfim, de GRATIDÃO a Deus, antes de tudo, e a nossos irmãos de Marseille, que, em nome da Escola São Carlos- Camas, foram os ‘artesãos e artesãs’ desse cenário de COMUNHÃO, de PARTILHA, de AMIZADE, de PERTENÇA, de FRATERNIDADE, de LAÇOS PROFUNDOS, de IRMANDADE, e .....
Meu Deus, quanto tesouro colocado em comum!!! Só Deus para fazer corações capazes de tanta abertura, de ambos os lados: Dos Irmãos e irmãs de Marseille, que manifestaram de maneira simples e profunda a pertença e solidariedade sem fronteiras, fruto da educação do berço e da Escola São Carlos; De Nossas Irmãs de Marseille, de Lyon, de modo muito particular minha querida Ir Edna, que teceu, com muito carinho, toda a organização prévia; de cada pessoa das famílias envolvidas: Batista e Ritinha com Gabriel e Alice, que acolheram Philippe e Baptiste; Sara e Nilson, com Alexander, Sofia, Eduardo e Stefany, que acolheram Rémyi; Senilda e Juca, com Paola, Pablo e Adriano,que acolheram Bérangére; Conceição e Wlamir, com Felipe e Vinícius, que acolheram Patricia; Reginaldo e Helena, com Gláucia e Renato,que acolheram Clementine; Dona Graça, que acolheu Anne Lise. Dom Geraldo, Dr. Renato e Selma e família Vera e Heberty e família, Dona Francisca e seu Simão, Dona Firmina e seu Juvêncio e família, Rosana,que partilharam as deliciosas refeições par o grupo reunido. Paróquia Nossa Senhora Aparecida, Padre Genivaldo e padre João, Pedro do Centro Despertar Piau e Ir Fátima do CIMI que dispuseram do seu tempo com amor para nos conduzir aos irmãos indígenas da Linha 10; Gabriel e Escola do Cachoeirinha que nos ofereceram a saborosa água de coco. De cada uma de minhas Irmãs de comunidade: Ir Cida. Ir Maria e Ir Fátima, que trabalharam no anonimato conciliando trabalho diário com o momento. Do padre Genivaldo que marcou significativamente com sua presença fraterna na nossa caminhada da Serra, da Floresta e da aldeia Indígena.
Toda esta essa riqueza imensa de partilha lançou raízes profundas rapidinho, criando um sentimento profundo de ‘aperto’ nos corações que ficaram e que partiram. “Quem parte leva saudade de alguém que fica chorando de dor...”
É assim que saíram e é assim que ficamos. Chorando de dor pela partida de nossos AMIGOS E AMIGAS Franceses , e, não mais "um grupo de Frances"
Que Deus, Nosso Pai, criador de todas as graças, nos sustente na amizade construída neste TEMPO DE GRAÇAS vivido juntos esperienciando a AMIZADE SEM FRONTEIRAS.
Louvado sejas, meu Senhor, por cada um e cada uma destes irmãos e irmãs que mergulharam em nossos corações nesta maratona.
OBRIGADA, SENHOR, por colocardes em nossas vidas, Patrícia, Philippe, Baptiste, Anne Lise, Rémy, Bérangère e Clémentine.
Estamos esperando por voçês VALEEEEEU !!!
Que Deus vos acompanhe e abençoe os dias vividos com nossos irmãos e irmãs de Maringá, a viagem de volta para Marseille
Que, como os discípulos de Emaús, também nós vivamos e vós vivais esse "depois"com o coração tocado pela graça do convívio e da partilha com "gosto de ressurreição".
OBRIGADA , OBRIGADA, OBRIGADA PELO QUE VOCÊS SÃO PARA NÓS.
ATÉ BREVE! TRAGAM OUTROS
ATÉ BREVE! TRAGAM OUTROS
Irmã Vicentina
Fonte:Blog Missão em Guajará-Mirim - http://irmsdesocarlosdelyon.blogspot.com/
Confira algumas fotos da visita.
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