terça-feira, 25 de setembro de 2012

Palavra de Deus: Salmo 91


SALMO 91
Aquele que habita no abrigo do Altíssimo e descansa à sombra do Todo-poderoso pode dizer ao Senhor: Tu és o meu refúgio e a minha fortaleza, o meu Deus, em quem confio. Ele o livrará do laço do caçador e do veneno mortal. Ele o cobrirá com as suas penas, e sob as suas asas você encontrará refúgio; a fidelidade dele será o seu escudo protetor. "
Salmos 91, 1-4
Existem momentos em que estamos expostos ao perigo.
Esquecemos que existe um abrigo, uma igreja resgatada a preço de sangue, em que podemos louvar a Deus, se esquecendo de todos os perigos.
     Quando o sol do mundo, castiga a nossa alma, somente a sombra do Todo-poderoso, pode impedir que o calor da vida pecaminosa, nos converta em cinzas.
E no momento em que somos consolados, refugiados, fortalecidos, nos tornamos confiantes, sabendo que tudo em nossa vida passa, menos a palavra do Senhor que permanecerá nos guiando.
    Ora quem nos caça dia e noite, não poderá nos prender, tampouco, nos envenenar, com o objetivo de impedir a nossa salvação. A fidelidade de Deus, é o escudo contra as acusações do diabo.
" Você não temerá o pavor da noite, nem a flecha que voa de dia, nem a peste que se move sorrateira nas trevas, nem a praga que devasta ao meio-dia. Mil poderão cair ao seu lado, dez mil à sua direita, mas nada o atingirá. Você simplesmente olhará, e verá o castigo dos ímpios. Se você fizer do Altíssimo o seu refúgio, nenhum mal o atingirá, desgraça alguma chegará à sua tenda. " Salmos 91, 5-10
    
       A noite é sempre temida pelo justo, ela demora a passar, ele sabe também, que algumas flechas continuarão a voar, quando o dia amanhecer. Mas, quando o temor assombra nosso coração, a luz de Cristo ilumina nossa consciência, a ponto de nos encorajar contra a peste das trevas, ou a praga do meio dia. Ora, quem está revestido da justiça, não cairá, alcançara vitória, aqueles que achavam estar de pé, cairão, e verão a vitória que você alcançou.
Jesus é o acesso a graça de Deus, para proteger sua casa, contra as desgraças promovidas pelo mal.
" Porque a seus anjos ele dará ordens a seu respeito, para que o protejam em todos os seus caminhos; com as mãos eles o segurarão, para que você não tropece em alguma pedra. Você pisará o leão e a cobra; pisoteará o leão forte e a serpente. " Salmos 91,11-13

       Os anjos são ministradores de Deus, para socorrer os justos que o amam.
Compreenda que a sua proteção vem do alto, você não chega em algum lugar, sem que os anjos de Deus, tenham visitado o local primeiramente. São os anjos que mantém o seu testemunho limpo, purificando toda a sujeira inflingida pelo mal.
Nada detém o poder de Deus, que é exatamente Jesus Cristo, nem o leão ou a cobra, nem o leão forte ou a serpente.
" Porque ele me ama, eu o resgatarei; eu o protegerei, pois conhece o meu nome. Ele clamará a mim, e eu lhe darei resposta, e na adversidade estarei com ele; vou livrá-lo e cobri-lo de honra. Vida longa eu lhe darei, e lhe mostrarei a minha salvação. " Salmo 91, 14 a 16
       Esse é o diálogo de Deus com o Filho, juntamente com os anjos.
Muitos ouvem falar de Deus, mas, negam a importância do seu nome.
Deus resgatou a todos, num gesto único de misericórdia, que o mundo ainda não foi capaz de compreender.
       Mas, para você que compreendeu esse gesto, o seu clamor chegou aos céus, a resposta está aqui:
Deus não o abandonará nas adversidades, além do livramento, seu espírito será coberto de honra. Aquilo que você achou que não duraria, Deus tornará duradouro e feliz.
Palavra tirada da Biblia Sagrada!

quarta-feira, 9 de maio de 2012

EU SOU A VIDEIRA

Eu sou a videira Meu Pai é o agricultor
Vós sois os Ramos Permanecei no meu amor!

1.Para dar muitos frutos Permanecei no meu amor
Para dar amor puro       Permanecei no meu amor
Como ramos aos troncos   Permanecei em mim.

2.Para amar sem medida Permanecei no meu amor
Para dar vossas vidas  Permanecei no meu amor
Para ser meus amigos   Permanecei em mim.

3.Para ver o caminho   Permanecei no meu amor
Para ver a verdade     Permanecei no meu amor
Para ter sempre a vida Permanecei em mim.

4.Para ser sal da terra Permanecei no meu amor
Para ser luz do mundo   Permanecei no meu amor
Para ser testemunhas    Permanecei em mim.

5.Se vos dobra a tristeza Permanecei no meu amor
Se amargo é o pranto      Permanecei no meu amor
Se inquieta a tentação    Permanecei em mim.

6.Quando a noite é longa Permanecei no meu amor
Quando não há estrelas   Permanecei no meu amor
Se a morte vos chega     Permanecei em mim.

7.Quando a estrada é difícil Permanecei no meu amor
Quando o passo é impossível  Permanecei no meu amor
Quando treme a esperança     Permanecei em mim.

8. Sem cansar ou desanimar Permanecei no meu amor
Sem amarras a segurar      Permanecei no meu amor
Sem temor, sempre a cantar Permanecei em mim.

Fonte:  Fr. Luiz Carlos Susin

sexta-feira, 4 de maio de 2012

CRÔNICA: QUEM SOU?

 
A ROSA,O REPOLHO E A CEBOLA.TANTO UM QUANTO O OUTRO POSSUEM CAMADAS,PORÉM UM NASCE FECHADO E PERMANECE, O OUTRO NASCE ABERTO E MORRE FECHADO, E A OUTRA...NASCE FECHADA MAS MORRE ABERTA.SE FORMOS COMPARAR COM NOSSA VIDA,NOSSO MODO DE VIVER,QUEM VOCÊ SERIA?
  EU PREFIRO A ROSA,POIS ALÉM DE SE ABRIR AOS POUCOS,SEU PERFUME É DEFINIDO POR ESTA ABERTURA.ACASO UM BOTÃO TEM O MESMO PERFUME QUE UMA ROSA COMPLETAMENTE ABERTA? NÃO.QUANTO MAIS A ROSA SE ABRE,TANTO MAIS ELA ALEGRA O MEIO ONDE FOI PLANTADA..
  O REPOLHO,É UMA BELA PLANTA,PORÉM COMO DEVE SER TRISTE NASCER ABERTO PARA A VIDA E ACABAR MORRENDO FECHADO, ESCONDENDO SUAS ENORMES FOLHAS,QUE ANTES ERAM VERDES,MAS AGORA MUITAS SÃO BRANCAS E PÁLIDAS.SIM,O REPLOHO É ÚTIL. ALIMENTA. ORA,MAS SE LHE FOSSE OFERECIDO EM UM DIA ESPECIAL UM REPLOHO E/OU UMA ROSA,QUAL VOCÊ ACEITARIA? A ROSA.EM MOMENTOS ALEGRES OU TRISTES, A ROSA É BEM VINDA. ANIMA QUEM ESTÁ DESANIMADO, E EXALTA QUEM JÁ ESTÁ ALEGRE.
  A ROSA TEM INÚMEROS ESPINHOS,ASSIM COMO TODOS NÓS. OXALÁ EM NOSSAS RELAÇÕES SOUBESSEMOS APRECIAR O PERFUME E A FLOR QUE É O OUTRO , E SE ESQUECESSEMOS SEUS ESPINHOS,SE OS SUPORTÁSSEMOS DE TAL MODO QUE NOS FOCALIZAMOS SOMENTE NA FLOR.
  A CEBOLA,UM TEMPERO. SIM, É BOM. DÁ SABOR.MAS É MAIS FÁCIL ACEITAR UM REPOLHO,UMA ROSA, DO QUE UMA CEBOLA. COMO É PACATA A VIDA DA CEBOLA! NASCE E VIVE FECHADA EM SI MESMA,MORANDO EM UM ESCURO SOMBRIO ATÉ QUE ALGUÉM A RETIRE DE LÁ. A CEBOLA É TÃO FECHADA, QUE NEM POSSUI PERFUME,EXALA UM ODOR QUE NOS FORÇA A CHORAR. COMO É HORRÍVEL ABRIR AS CAMADAS DE UMA CEBOLA!
  CONTUDO,PENSEMOS: COMO EU SOU? COMO QUERO SER/ESTAR? E SE OPTARMOS SER COMO ROSA,SAIBAMOS QUE NÃO SERÁ FÁCIL. É DOLORIODO. AFINAL É MAIS DOLORIO SE ABRIR DO QUE SE FECHAR.
  ASSIM COMO AS DEMAIS PLANTAS,A ROSA PRECISA ENFRENTAR O CALOR DO SOL,MAS TAMBÉM A NOITE FRIA, SUPORTAR A LEVE BRISA MAS TAMBÉMA S FORTES TEMPESTADES. MAS EM TUDO ISSO A ROSA SE DIFERENCIA DA CEBOLA E DO REPOLHO. A ROSA VIVE SEUS MOMENTOS PARA CRECER,AUMENTAR SEU PERFUME E SE ABRIR,ENQUANTO O REPOLHO SE FECHA PARA NÃO SER ATINGIDO, E A CEBOLA APENAS APROVEITA O QUE VAI PARA O FUNDO DA TERRA.
  COM JEITOS E GESTOS,CADA PESSOA ESCOLHE SUA MANEIRA DE VIVER EM PLENITUDE,E ISTO NÃO SE RESUME EM AUSÊNCIA DE DORES E CONFLITOS,MAS VIVER SEUS MOMENTOS COM A INTENSIDADE QUE MERECEM, E ASSIM... CONTINUAR A VIVER,APESAR DE TUDO.

AUTORA: NOVIÇA DARKILA CAMILA(IRMÃS DE SÃO CARLOS DE LYON)












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quinta-feira, 8 de março de 2012

Dia Internacional da Mulher

Há mulheres em minha vida, logo, sou feliz!

Muitas pessoas passam por nossa vida e não poderíamos deixar de mencionar a participação daquelas que deixaram marcas sensíveis em nossas lembranças. Trazemos vivos na memória os cuidados da nossa mãe, que se desdobrava 24 horas do dia se fosse necessário, as recordações de nossas férias na casa da vovó, da professora que nos ensinou a ler, entre muitas outras.

Numa simbiose perfeita, não há como identificar se foram elas que entraram em nossas vidas ou fomos nós que fizemos parte da vida delas. O zelo dispensado para cada um de nós, quando éramos crianças, fazia-nos sentir tal como “reizinhos”, mesmo se naquele “castelo” as refeições fossem racionadas em vista da pobreza. Na escola, além da professora, ganhávamos também uma “tia”, que não se importava se houvesse 30 outros "sobrinhos" chamando seu nome ao mesmo tempo. Por menor que tenha sido o período em que elas estiveram conosco, grande foi a atenção e a contribuição dispensada para cada um de nós.

No mundo, algumas mulheres se despontaram através do trabalho, impulsionadas por seus sonhos e, não menos importantes que essas, reconhecemos o papel de outras que foram moldura da realização dos nossos próprios projetos. Lamentavelmente, em alguma parte do planeta ou escondidas entre quatro paredes, existem mulheres que são tratadas sob o domínio da tirania, da incompreensão, da maldade e do preconceito de alguns homens. Todavia, mesmo sendo subjugadas por seus opressores, estes não conseguem tirar a força da esperança que as incita a continuar acreditando em dias melhores.

Com a versatilidade que causaria inveja ao melhor contorcionista, as mulheres trazem como virtude a habilidade de se fazer amiga, mãe, esposa, namorada, formadora… e por dádiva divina, a elas foi outorgado o título de “ajuda perfeita”.

Não é à toa, que sem muito esforço, a gente consegue perceber o quanto tem sido importante para cada um de nós a participação delas em nossa vida.

Tudo bem se, às vezes, demoram um pouco mais para escolher a roupa para sair, para se decidir na compra de um simples sapato ou para levar na bolsa apenas aquilo que realmente é necessário…mas, ainda assim, não podemos negar o quanto somos felizes ao lado delas!

Parabéns, mulheres, pelo seu dia!

Dado Moura, Membro de Aliança da Comunidade Canção Nova.
 Autor do livro Relações sadias, laços duradouros.

quinta-feira, 1 de março de 2012

Afetividade: Seus limites e sua ética

A saúde mental é um dos elementos fundamentais para uma boa qualidade de vida no planeta. Porém, estudos mostram que esta cada vez mais difícil alcançar essa qualidade, visto que valores e regras que sustentam o equilíbrio do indivíduo na sociedade estão sendo negados.
  Dentre os critérios de saúde mental estão o respeito e o cuidado por si mesmo, pelos outros, pelo planeta, seus animais e vegetação. Cuidar é um ato consciente que pode ser ensinado. É um dos maiores geradores de prazer que o ser humano conhece. Cuidar dos filhos adequadamente pode ser o início de uma grande transformação e social.
A afetividade é a dinâmica humana mais profunda e complexa que podemos experimentar. Inicia-se a partir do momento em que um sujeito se liga a outro, a partir do amor, um sentimento único, mas que traz outro sentimento complexo e profundo, que é o medo da perda deste amor.
Quanto maior o amor, maior o medo da separação, da perda e da morte. Esse medo pode desencadear outros sentimentos como ciúme, raiva, ódio, inveja, saudade... A afetividade é a mistura de todos esses sentimentos, e aprender a cuidar adequadamente de todas essas emoções é que vai proporcionar ao sujeito uma qualidade de vida emocional.
 Como nascemos apenas movidos pelo impulso ao prazer é natural que, ao vivermos um sentimento doloroso como a raiva ou o medo, reajamos, impulsivamente, com a destruição do objeto ou da situãção que provocou a dor. Só não temos consciência de que estamos destruindo também a fonte do prazer, do amor. É neste momento que o sujeito ainda pequeno e imaturo, necessita de um cuidador: outro sujeito (já cuidado) que vai colocar s limites necessários, impedindo-o de destruir a sua fonte de amor.
  Esse sujeito cuidador, em nome do Amor que sente pela criança, vai ajudá-la a não destruir o que lhe pe fonte de amor, impedindo-a de agir em nome da raiva ou do medo. Deve-se permitir a manifestação do sentimento, porém impedir atos que, apenas momentaneamente, aliviariam a dor do sentimento de desprazer. Pode sentir medo, raiva. Pode expressá-la através de choro ou palavras. Só não pode destruir a fonte de tais sentimentos. pois ela é também a fonte de prazer maior, o Amor.
  O cuidador deve impor os limites com autoridade, mas sem ser autoritário. Dizer a uma criança: "eu não quero que você me bata", e segurr sua mão impedindo-a de bater é caracterizado com como um limite, que é oferecer à criança os contornos, a fronteira até onde ela pode ir naquele momento. Uma criança normal vai reagir ao limite com choros e/ou crises. E é neste momento de frustração que lea vai aprender que pode suportar frustrações.
  Não é necessário muito tempo, mas sim , aproveitamento adequado do tempo quando se está cuidando. Aproveitamento adequado na hora adequada implica agir sem sentir prazer, frustrar desejos imediatos em nome de outro desejo maior: ver o sujeito que estou cuidando crescer sadio e equilibrado.

Dr. Ivan Roberto Capelatto,
Psicólogo Clínico e Psicoterapeuta
in Revista Brasil Cristão - Janeiro de 2012

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Desespero e serenidade

O desespero nos é um inimigo terrível, pois o mesmo faz com que muitas situações possam fugir do nosso controle, quando toma conta de nós, nos agitamos e aí abrimos a porta para a maior de todas as nossas fraquezas, pois o desesperar-se vem de algo que já é presente em nosso interior, e quanto mais nos agitamos, mais mal causamos a nós mesmo, mais perturbações causamos em nosso ser. Na maioria das vezes entramos em pânico devido situações vividas em nosso passado que causaram algum sofrimento ou decepção igual ou semelhante de um fato presente. O contrário do desespero é a serenidade, que é algo que tocamos a partir do momento que olhamos para os fatos não como ele aparenta ser, mais na realidade como eles são e devem ser olhados, por que o desespero gera mais desespero, mais quando invertemos a lente e colocamos os para quê; entendemos o sentido do desconhecido, por que todo desconhecido tem os dois lados, tudo depende de como o olhamos; se buscamos olhar para os fatos com serenidade, a alegria estará sempre estampada em nosso rosto, embora as pessoas não compreendam, pois o essencial é saber olhar com um olhar de esperança.

Irmã Maria Eunice


quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Campanha da Fraternidade 2012

“Que a saúde se difunda sobre a terra” (cf.Eclo 38,8).

Este ano, a campanha tem como tema “Fraternidade e Saúde Pública” e lema: “Que a saúde se difunda sobre a terra” (cf.Eclo 38,8). O objetivo geral da Campanha da Fraternidade de 2012 é “Refletir sobre a realidade da saúde no Brasil em vista de uma vida saudável, suscitando o espírito fraterno e comunitário das pessoas na atenção dos enfermos, e mobilizar por melhoria no sistema público de saúde” (p. 12 do Texto-Base).

A Campanha da Fraternidade 2012 ainda apresenta seis objetivos específicos:

- Disseminar o conceito de bem viver e sensibilizar para a prática de hábitos de vida saudável.
- Sensibilizar as pessoas para o serviço aos enfermos, o suprimento de suas necessidades e a integração na comunidade.
- Alertar para a importância da organização da pastoral da Saúde nas comunidades: criar onde não existe, fortalecer onde está incipiente e dinamizá-la onde ela já existe.
- Difundir dados sobre a realidade da saúde no Brasil e seus desafios, como sua estreita relação com os aspectos socioculturais de nossa sociedade.
- Despertar nas comunidades a discussão sobre a realidade da saúde pública, visando à defesa do SUS e à reivindicação do seu justo financiamento.
- Qualificar a comunidade para acompanhar as ações da gestão pública e exigir a aplicação dos recursos públicos com transparência, especialmente na saúde” (cf. p. 12 do Texto-Base da CF).

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Recomeço

«A vida, nas suas várias expressões (laborais, familiares, afetivas…) precisa de recomeços que o sejam verdadeiramente. Não nos podemos instalar simplesmente nas vitórias de ontem, nos saberes adquiridos de um dia, nas experiências de uma determinada etapa.



O recomeço supõe uma abertura esperançada em relação ao hoje, encarando-o com a pobreza e a ousadia de quem aceita, depois de ter percorrido já uma estrada, considerar que está novamente, e que estará até ao fim, a viver sucessivos pontos de partida.»


José Tolentino Mendonça, postado in Abrigo dos Sábios 

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Uma reflexão sobre o desapego...

Uma querida amiga escreveu este texto e dedicou-me carinhosamente. Compartilho aqui esta bonita reflexão sobre o desapego (Por Rosana)


                                                                      Desapego

Quando pensamos em um ser altamente espiritualizado faz mais sentido imaginar essa pessoa no alto de uma montanha usando roupas de cores neutras e meditando, ou na frente do computador colocando o que está pensando no Twitter?

De alguma forma, na nossa percepção, o desapego aparece com um sintoma de que a vida espiritual de uma pessoa foi adiante. E isso realmente é verdade. Descobrir o ...lado religioso e espiritual normalmente põe em foco o valor que damos para as coisas. Nos grandes homens de Deus, isso fica muito nítido. É difícil pensar em Jesus reclamando de um discípulo que acabou de comer o último pão da cesta ou Abraão correndo para ser o primeiro na fila do táxi.

Mas, essa imagem, embora admirável, acaba gerando um abismo entre nós e o desapego. Por que encaramos o modelo de um grande mestre como patamar inatingível, e dizemos a nós mesmos que nunca vamos chegar lá. O que quero dizer é que, parece haver um conflito entre a vida espiritual e a vida “material”, ou seja, a vida que levamos normalmente – emprego, escola, casa, família, contas. Parece que se conquistarmos muitas coisas, necessariamente, ficaremos presos a elas por meio do apego e, por outro lado, parece que a outra opção – uma vida “desapegada” – é comprar uma barraca, parar de tomar banho e ir vender acessórios pela cidade. Mas esse conflito não precisa – nem deveria – existir.

Pra começar, todos nós somos desapegados em diversos momentos da nossa vida. É tão natural que nem percebemos. Geralmente, esse desapego, se revela em alguma coisa com a qual não damos a mínima. Tipo quando você, meio sem fome, escolhe um prato em um restaurante e o garçom solta o famoso “tem, mas acabou..” . O que você faz? Se suicida? Claro que não! Você nem pensa duas vezes, escolhe outro prato ou até desiste de comer. Desapego puro!
O que é mais interessante é que essa cena revela nossa maior dificuldade em relação ao desapego (normalmente nós confundimos “gostar e cuidar” com “apegar-se a”). Para nós, o nível de desapego com relação a uma coisa é inversamente proporcional ao nível de afeto que temos por ela. Quanto mais amamos, mais nos prendemos ao que é amado.

Natural, não? Quem não gosta de ter sempre por perto a família, amigos, o namorado, noivo? Quem não tem uma roupa preferida, uma comida predileta? Até aí tudo bem. Mas, pense por um instante quantas dessas coisas poderiam pôr você numa pior se você as perdesse. Parentes que brigam, amigos que se mudam, o noivado/namoro que acaba, bichinhos de estimação que passam dessa pra melhor... A lista pode ficar bem grande, afinal, a perda é parte da vida . E perda para nós é sofrimento. Então constatamos, por que gostamos, sofremos? É possível gostar e não ser apegado?

Vamos supor que você recebeu flores no aniversário de namoro. Quando você as viu pela primeira vez, ficou encantada. Mas, em cinco dias, elas terão murchado completamente, e toda beleza terá desaparecido. Faz sentido chorar pelo ciclo natural da vida?
Uma vez, um amigo comentou comigo sobre um casal que havia perdido o filho. Ele me disse que eles nunca mais foram o mesmos e que, apesar de terem superado a perda, a alegria de viver nunca havia voltado. Eu disse a ele que provavelmente eles não haviam superado realmente a perda, então. Ele respondeu dizendo que eu dizia aquilo por que eu não tinha filhos e que não entendia e etc.. Eu me calei, o que você fala em uma hora dessas não é? Não tenho filhos mesmo. Mas fiquei pensando , que a perda de uma vida acabou resultando na perda de outras duas. Ao se apegarem à memória do filho e da vida que tinham antes, os pais vedaram, a si mesmos o acesso a uma vida feliz. Diferente da que tinham antes com certeza, mais contemplativa talvez, mas feliz certamente. Não importa o que venhamos a perder, a possibilidade de felicidade não nos está negada. Por que ela não está fora, mas dentro de nós. E realizar isso abre as portas para o desapego.

De novo – perder é parte da vida. Tudo que tem um começo, tem um fim. O desapego não brota de um não- gostar, de ser indiferente. O desapego floresce de um entendimento profundo do ciclo da vida. É tão fácil dizer “Oi!”, por que é tão difícil dizer “adeus”? Se “o futuro é uma astronave que tentamos pilotar”, como diz Toquinho, o presente é uma estação espacial, cheia de possibilidades. Embarcamos em diversas jornadas ao longo da vida, algumas vezes acompanhados, outras vezes sozinhos. Encontramos e nos despedimos das pessoas diariamente sem saber se as veremos de novo, mas dizemos “ até logo” assumindo que o “logo” virá.

Que possamos nos desprender das coisas “materiais” que amamos, como nos desprendemos de tudo que passa. Os momentos com essas coisas/pessoas pode ter sido ótimo, os melhores de sua vida, mas acaba.. Como a palavra de Deus fala:
“ Não atentando nós nas coisas que se vêem, mas nas que se não vêem; porque as que se vêem são temporais, e as que se não vêem são eternas.” (2Co 4:18)
Desapego é liberdade. É oportunidade. Coisas novas querem vir. Mas não esqueça, um dia elas irão embora. E assim se faz o fluxo natural da vida.

Desapegue-se. Deixe vir, deixe ir...


Giovanna Belém,  in Facebook

Viajando para nosso próprio ser: Humanizando-nos.

Neste trecho do livro "12 Semanas para mudar uma vida" o autor Augusto Cury aborda um importante tema. O Autodiálogo, que pode ser chamado também de Mesa redonda do "Eu", como forma de viajar para o mais profundo do nosso ser, humanizando-nos, compreendendo-nos, conhecendo as raízes de nossas emoções, as quais produzem as mais variadas reações comportamentais em nossa vida.

Parece loucura dialogar consigo mesmo, mas loucura é a ausência de um autodiálogo inteligente. Uma pessoa que pratica autodiálogo não apenas tem mais condições de superar suas misérias psíquicas, mas também de se humanizar, ou seja, de se tornar tolerante, serena e humilde, pois reconhece, suas limitações, suas fragilidades.
A Mesa-Redonda do "Eu" nos tira do trono do orgulho, da auto-suficiência. Raramente consigo julgar, sofrer em demasia e desistir das pessoas que me aborrecem, porque tenho aprendido a fazer um autodiálogo. Essa prática me faz interiorizar e compreender que eu também tenho muitas falhas e limitações. Quando você entende sua pequenez é fácil entender a pequenez dos outros. Quando nos colocamos num pedestal é fácil julgar e condenar.
A grandeza de ser um humano está na sua capacidade de se fazer pequeno para poder se colocar no lugar dos outros e entender o que está por detrás das suas reações...
Se os terroristas palestinos praticassem a Mesa-Redonda do "Eu", eles jamais explodiriam seus corpos para destruir pessoa inocentes. Entenderiam que não somos árabes, judeus e americanos, mas membros de uma única e inestimável espécie. Amariam mais, julgariam menos, compreenderiam mais. Entenderiam que os erros que são cometidos contra seu povo são fruto de uma espécie que não se interioriza nem reconhece suas falhas.
Do mesmo modo, se os judeus praticassem essa técnica, entenderiam que, independente das suas diferenças culturais e religiosas, os palestinos são mais do que sangue do seu sangue, mas portadores idênticos do mesmo fascinante espetáculo dos pensamentos. Eles iriam para a Faixa de Gaza, se abraçariam, se beijariam e escreveriam novas páginas na história.
Quem faz a Mesa-Redonda do "Eu" fortalece sua capacidade de ser autor da sua história, de tomar decisões, de fazer escolhas e de compreender que toda escolha implica perdas. Não é possível escolher a paz sem sofrer perdas. No campo dos conflitos sociais, quem tem mais consciência da grandeza da vida tem de estar disposto a sofrer mais perdas.

Augusto Cury in "12 Semanas para mudar uma vida"

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

O caminho do amor...

‎'O caminnho que eu escolhi é o do amor, não importam as dores, as angústias nem as decepções que vou ter que encarar, escolhi ser verdadeiro. No meu caminho, abraço é apertado, o aperto de mão é sincero, por isso, não estranhe a minha maneira de sorrir, de te desejar o bem; eu sou aquela pessoa que acredita no bem, que vive no bem e que anseia o bem. Por isso, não estranhe se eu te abraçar bem apertado, mesmo que seja só em pensamento, se eu me emocionar com a sua história, se eu chorar junto com você, afinal de contas, somos gente e gente que fez a opção pelo bem. É assim que eu enxergo a vida, e é só assim que eu acredito que valha a pena viver ... viver com emoção... viver com verdade.'

(Fabio de Melo)

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

O Mestre dos mestres da qualidade de vida

O mestre do gerenciamento dos pensamentos

Jesus abalou a psicologia pela sua exímia capacidade de gerenciar seus pensamentos. Os estímulos estressantes e as pressões sociais que viveu desde a infância era para transformá-lo numa pessoa irritada, impulsiva, sem controle das suas reações, mas sua mente era calma como uma lagoa plácida. Era tão tranquilo que talvez tenha sido a única pessoa da história que teve a coragem de convidar as pessoas a beber da fonte da sua mansidão. Somente alguém que é líder dos seus pensamentos pode ser tão sereno.
Toda pessoa que é marionete das suas idéias negativas vive com um mar agitado. Acena para a tranquilidade de longe, não consegue sentir aroma. Toda pessoa controlada por seus pensamentos negativos ou antecipatórios vive como uma folha desprendida da árvore, levada pelos ventos das circunstâncias, sem direção nem estabilidade.
O mestre da vida sabia quando e como iria morrer. Como ele sabia disso? Não sabemos. Além disso, esse assunto enra na esfera da fé, e, portanto, a ciência se silencia. Entretanto, na investigação científica podemos dizer que mesmo essa fonte de estímulos estressantes não desgastou sua energia cerebral e debilitou seu corpo físico. Por quê?
Porque ele tinha consciência do amanhã, mas nao gravitava em torno dele. Ele até nos vacinou contra a SPA, dizendo: "Basta a cada dia seu próprio mal". Ele se recusava a acelerar seu pensamento e a sofrer por antecipação. Seu "eu" era ator principal do teatro da sua mente. Ele vivia o presente. Ele governava seus pensamentos, criticava silenciosamente as idéias que lhe assaltavam a paz. Só admitia pensar nos problemas futuros o suficiente para tomar consciência deles e se preparar para superá-los. Ele determinava viver apenas os problemas reais do presente. Sabia fazer uma faxina nos solos da mente. Você sabe fazer essa faxina?

Augusto Cury in 12 Semanas para mudar uma vida

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