quinta-feira, 8 de março de 2012

Dia Internacional da Mulher

Há mulheres em minha vida, logo, sou feliz!

Muitas pessoas passam por nossa vida e não poderíamos deixar de mencionar a participação daquelas que deixaram marcas sensíveis em nossas lembranças. Trazemos vivos na memória os cuidados da nossa mãe, que se desdobrava 24 horas do dia se fosse necessário, as recordações de nossas férias na casa da vovó, da professora que nos ensinou a ler, entre muitas outras.

Numa simbiose perfeita, não há como identificar se foram elas que entraram em nossas vidas ou fomos nós que fizemos parte da vida delas. O zelo dispensado para cada um de nós, quando éramos crianças, fazia-nos sentir tal como “reizinhos”, mesmo se naquele “castelo” as refeições fossem racionadas em vista da pobreza. Na escola, além da professora, ganhávamos também uma “tia”, que não se importava se houvesse 30 outros "sobrinhos" chamando seu nome ao mesmo tempo. Por menor que tenha sido o período em que elas estiveram conosco, grande foi a atenção e a contribuição dispensada para cada um de nós.

No mundo, algumas mulheres se despontaram através do trabalho, impulsionadas por seus sonhos e, não menos importantes que essas, reconhecemos o papel de outras que foram moldura da realização dos nossos próprios projetos. Lamentavelmente, em alguma parte do planeta ou escondidas entre quatro paredes, existem mulheres que são tratadas sob o domínio da tirania, da incompreensão, da maldade e do preconceito de alguns homens. Todavia, mesmo sendo subjugadas por seus opressores, estes não conseguem tirar a força da esperança que as incita a continuar acreditando em dias melhores.

Com a versatilidade que causaria inveja ao melhor contorcionista, as mulheres trazem como virtude a habilidade de se fazer amiga, mãe, esposa, namorada, formadora… e por dádiva divina, a elas foi outorgado o título de “ajuda perfeita”.

Não é à toa, que sem muito esforço, a gente consegue perceber o quanto tem sido importante para cada um de nós a participação delas em nossa vida.

Tudo bem se, às vezes, demoram um pouco mais para escolher a roupa para sair, para se decidir na compra de um simples sapato ou para levar na bolsa apenas aquilo que realmente é necessário…mas, ainda assim, não podemos negar o quanto somos felizes ao lado delas!

Parabéns, mulheres, pelo seu dia!

Dado Moura, Membro de Aliança da Comunidade Canção Nova.
 Autor do livro Relações sadias, laços duradouros.

quinta-feira, 1 de março de 2012

Afetividade: Seus limites e sua ética

A saúde mental é um dos elementos fundamentais para uma boa qualidade de vida no planeta. Porém, estudos mostram que esta cada vez mais difícil alcançar essa qualidade, visto que valores e regras que sustentam o equilíbrio do indivíduo na sociedade estão sendo negados.
  Dentre os critérios de saúde mental estão o respeito e o cuidado por si mesmo, pelos outros, pelo planeta, seus animais e vegetação. Cuidar é um ato consciente que pode ser ensinado. É um dos maiores geradores de prazer que o ser humano conhece. Cuidar dos filhos adequadamente pode ser o início de uma grande transformação e social.
A afetividade é a dinâmica humana mais profunda e complexa que podemos experimentar. Inicia-se a partir do momento em que um sujeito se liga a outro, a partir do amor, um sentimento único, mas que traz outro sentimento complexo e profundo, que é o medo da perda deste amor.
Quanto maior o amor, maior o medo da separação, da perda e da morte. Esse medo pode desencadear outros sentimentos como ciúme, raiva, ódio, inveja, saudade... A afetividade é a mistura de todos esses sentimentos, e aprender a cuidar adequadamente de todas essas emoções é que vai proporcionar ao sujeito uma qualidade de vida emocional.
 Como nascemos apenas movidos pelo impulso ao prazer é natural que, ao vivermos um sentimento doloroso como a raiva ou o medo, reajamos, impulsivamente, com a destruição do objeto ou da situãção que provocou a dor. Só não temos consciência de que estamos destruindo também a fonte do prazer, do amor. É neste momento que o sujeito ainda pequeno e imaturo, necessita de um cuidador: outro sujeito (já cuidado) que vai colocar s limites necessários, impedindo-o de destruir a sua fonte de amor.
  Esse sujeito cuidador, em nome do Amor que sente pela criança, vai ajudá-la a não destruir o que lhe pe fonte de amor, impedindo-a de agir em nome da raiva ou do medo. Deve-se permitir a manifestação do sentimento, porém impedir atos que, apenas momentaneamente, aliviariam a dor do sentimento de desprazer. Pode sentir medo, raiva. Pode expressá-la através de choro ou palavras. Só não pode destruir a fonte de tais sentimentos. pois ela é também a fonte de prazer maior, o Amor.
  O cuidador deve impor os limites com autoridade, mas sem ser autoritário. Dizer a uma criança: "eu não quero que você me bata", e segurr sua mão impedindo-a de bater é caracterizado com como um limite, que é oferecer à criança os contornos, a fronteira até onde ela pode ir naquele momento. Uma criança normal vai reagir ao limite com choros e/ou crises. E é neste momento de frustração que lea vai aprender que pode suportar frustrações.
  Não é necessário muito tempo, mas sim , aproveitamento adequado do tempo quando se está cuidando. Aproveitamento adequado na hora adequada implica agir sem sentir prazer, frustrar desejos imediatos em nome de outro desejo maior: ver o sujeito que estou cuidando crescer sadio e equilibrado.

Dr. Ivan Roberto Capelatto,
Psicólogo Clínico e Psicoterapeuta
in Revista Brasil Cristão - Janeiro de 2012
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