quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Amor, vocação e esperança.


O exercício de nossa vocação é o exercício de nossa paixão. A paixão de Cristo nos confidenciou outras paixões. Ele nos surpreendeu e nos seduziu. Sei que tem gente que não acredita. Sei que tem gente que acha que tudo isso é o acaso. Não quero julgar ninguém, apenas caminhar junto. Acredito, padre, em uma igreja que acolhe, que abraça, que ama. Nada de cismas. Deixemos isso para o passado. Nada de inquisição. Já superamos esse período. Talvez por isso João Paulo II tenha falado tanto sobre o amor. O amor que o fez enfrentar o nazismo e o comunismo com suas mortandades. Da Polônia para o mundo. De ingênuo, como diziam os seus críticos, se fez pregador do amor, visitante incansável dos recantos admiráveis do mundo em que vivemos. O amor que inspirou Bento XVI em sua primeira encíclica que anunciou a seguinte, a esperança. O amor que o fez sofrer diante de campos de concentração, desculpando-se pela omissão e que o faz sorrir diante dos jovens que se multiplicam em suas pregações, pronunciando um novo tempo. 

Gabriel Chalita (Carta entre amigos, sobre medos contemporâneos) 

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